38/120 - CO(S)MO
Como comer é bom! Pena que passa tão rápido e engorda. Mas não é desse tipo de “como” que eu quero falar.
O como que ocupou minhas reflexões de junho é aquele que se refere à forma como fazemos cada atividade de nosso dia-a-dia, cada ação de nossa vida. O como é mais importante do que o que se faz.
Se enxergarmos nossas ações como oferendas ao universo, fica ainda mais fácil perceber o quanto cada pequeno gesto poderia ser uma obra de arte, cada movimento poderia ser um passo de uma dança eterna, cada inspirar poderia ser um novo frescor, cada palavra poderia ser uma parte de um grande poema, cada olhar poderia ser fulguras de amor, cada sorriso poderia ser um desabrochar autêntico e cada abraço poderia ser uma invasão de ternura.
Mas como, como ser assim? Nós que nascemos e vivemos em rotinas apressadas sabemos que não é fácil viver cada dia como se fosse o único sem sofrer ou ansiar pelo passado ou futuro. Então, o jeito é treinar, assim como as obras de arte são lapidadas por muito tempo, deve funcionar a mesma lógica para a nossa manifestação, também precisará de muita prática para ser harmônica.
O importante é começar bem… o dia, a ação, o sonho. E bons inícios são aqueles impregnados de intenção, a continuidade ocorre com vigilância e o refinamento é obra da reflexão. Intenção, com vigilante reflexão abraça o infinito.