34/120 - I lost my bag

 O que você faria se perdesse sua bolsa com carteira e passaporte dentro no maior museu do mundo?

Fonte: Flickr

Foi exatamente o que aconteceu comigo. Inicialmente, senti um arrepio na espinha. Depois, um desespero que amoleceu os meus músculos e enterneceu os meus nervos. Foi quase uma jogada de toalha para a vida. Uma rendição no sentido de: “Está bom! Faça como você quiser. Eu não tenho forças para lutar contra isso, eu me entrego, farei o que você quiser de mim. Se quiser que eu volte, tudo bem. Se quiser que outras coisas aconteçam, eu me entrego também. Não vou lutar. ”

Tenho uma estranha sensação de que nesses momentos em que nos rendemos sinceramente, não por fraqueza ou covardia, mas por esgotamento genuíno, tudo surge para nos ajudar. Quando eu aceitei as consequências, admiti internamente o meu erro que não foi proposital, e assumi que eu enfrentaria o que fosse preciso sem lamúrias, senti uma empatia e interesse surpreendentes de outras pessoas em me ajudar.

Eu sei que errei. Nunca deveria ter tirado aquela bolsa, nem junto com o casaco – sem nem perceber – depois de muito cansaço devido ao labirinto estonteante do Louvre. Entretanto, o quentinho do calor humano de completos estranhos que senti naquela situação, foi uma das melhores experiências que já vivi. Nunca me esquecerei daquele momento nos cavalos de Marly.

No fim das contas, deu tudo certo. Recuperei a bolsa, a carteira e o passaporte sem nenhuma avaria.

Com quem você gostaria de estar se perdesse dinheiro e identidade em um local desconhecido?

O essencial é...