27/120 - Barca Sol-lá
Flutuando sob o céu azul...
No meio do oceano, às vezes manso, às vezes conturbado, meu barco navega. O vento é o senhor dos mares. E o peso é o do barquinho. Quanto mais leve, mais suave é a jornada. É preciso escolher: o que eu quero levar nesta viagem? Depois de tanto remar sobrecarregada, a força quase se foi. Barras de peso mental, emocional e físico involuntários. Tem como jogar tudo isso fora? Meu frágil barquinho agradece o discernimento e a escolha apenas do essencial. Eu já sabia o que era há 27 meses, mas hoje tenho mais clareza. Minha bússola aponta cada vez mais a direção exata. Remar, remar, remar, não sem sentido. Trabalhar sim, não sem propósito. Remar é o meu meio de vida, mas o céu é a minha vocação. A estrela brilha. Esvaziarei o meu barquinho, só preciso nesta jornada das belas flores, letras e canções.