20/120 – Cem meses de lapidação

E já se foram 20 meses, 1/6 do meu tempo. Passou tão rápido, e ao mesmo tempo tão devagar. O tempo foi veloz nas diversões e lento nos desafios. Mas as duas partes foram importantes. Apesar do desconforto nos momentos de incerteza, de não saber o que fazer, de ainda estar muito no escuro em relação ao trabalho, fiz o melhor que pude. Encerro o ano com um sentimento de gratidão enorme, estou conseguindo realizar a essência do que me moveu para essa capital – devagar, mas com firmeza. A melhor parte, entretanto, veio da surpresa. A vida nos reserva coisas que nunca poderíamos imaginar, e tudo que acontece tem o seu encanto, mesmo em situações não tão agradáveis podemos aprender muito. Em apenas 15 meses de Brasília já sinto que eu viveria muito satisfeita aqui até o fim da experiência neste corpo. Contudo, não estou fechada. Ao contrário, estou muito aberta para a vida. Pego na sua mão e deixo que ela me conduza. Estou criando um mapa do tesouro, mas a minha visão ainda é muito embaçada. Todos os dias, sem pressa e sem pausa, procuro aproveitar um pouquinho mais das experiências que ela me traz para enxergar e viver o que é real.


DIAMANTINO

Alegria, eu te quero

Moderada

Que o meu riso nunca seja

Motivo da lágrima de alguém

Tristeza, não se vá

Completamente

Enquanto houver sofrimento

Uma parte cabe a mim também

Que a minha felicidade

Gere benefícios

E na melhor idade,

O Bem

Raiva se acalme

Você não entende

Quase nada

Inveja reflita

No que te falta

Para brilhar

Se a eternidade te aguarda

De que adianta

Aos mortais impressionar?

Trabalhe para a lei

Que é invisível

E categórica

Sua conduta serve

De parâmetro

Aos demais?

De quanto tempo

Você ainda precisa

Procrastinar?

Começar tudo novamente

Uma vez mais

Inconsciente

Essa pedrinha pode

Transmutar

Excesso em temperança

Medo em coragem

Ignorância em sabedoria

Lapide agora

Devagar e sempre

O que virá...

Em 3.000 modele

MA_A.